Crianças sem tecnologias - Benefícios

Nos últimos anos tem proliferado a ideia de que as aplicações e os dispositivos chamados “inteligentes” podem potenciar a inteligência das crianças — “ ideia” porque, ao contrário do que se possa pensar, são muitas as teorias sem real base científica.


Catherine L’Ecuyer, investigadora na área da educação e autora do novo livro Educar na Realidade, defende que as empresas que distribuem ferramentas digitais fazem-no sob a premissa de que estas promovem a estimulação precoce das crianças. “Dizem-nos que os nossos filhos têm um potencial ilimitado, que devemos aproveitar ao máximo a ‘janela de oportunidade’ dos três primeiros anos.

As afirmações acima descritas — que a cultura popular ajudou a propagar — não passam de neuromitos, verdades infundadas, teorias com as quais a ciência não se identifica. Segundo a autora, grande parte da população não sabe que estes e outros argumentos de venda, que ajudaram a garantir o sucesso comercial de produtos tecnológicos, “carecem de fundamento educativo-científico”.

Dois dos maiores investidores da Apple enviaram uma carta aberta à empresa com um pedido para combater o crescente vício das crianças face ao uso do iPhone e da internet (redes sociais incluídas).

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