Foram questionadas 15.000 pessoas, com idade entre 18 e 28 anos, sobre a felicidade.
O estudo baseou-se na teoria da savana, proposta em 2004 por Kanazawa. Segundo a tese, ancestrais que viviam na savana Africana precisavam ser sociáveis para sobreviver a um ambiente hostil. Naquele tempo, a população era escassa, com cerca de 150 integrantes por grupo. Os pesquisadores acreditam que, por causa da herança ancestral, a maioria das pessoas sente-se mais feliz quando vive em lugares com menor densidade demográfica e quanto mais convive com amigos e familiares.
O que o novo levantamento mostrou, contudo, é que isso não se aplica para aqueles que são muito inteligentes. No caso de pessoas com QI muito alto, a densidade demográfica baixa não aumenta a sensação de felicidade. Além disso, quanto mais elas precisam socializar com outras pessoas, a satisfação delas com a vida tende a ser menor. “O efeito da densidade populacional na satisfação com a vida era mais de duas vezes maior para os indivíduos de baixo QI do que para os indivíduos com QI mais alto. E indivíduos mais inteligentes eram, na verdade, menos satisfeitos com a vida caso socializassem com seus amigos com mais frequência”.
Fragmento da palestra "Ler é Viver" - Leandro Kanal Íntegra: https://goo.gl/ci5Hgi